Pode parecer uma informação feita para que ninguém perca tempo com resoluções de Ano Novo mas a realidade é: a cada 100 pessoas, apenas nove conseguem cumprir uma promessa. Não é preciso pesquisar muito para descobrir que, dos principais desejos, o mais comum (que, naturalmente, está entre os maiores obstáculos) é: “quero ter mais tempo”.
Não faltam indicações de leitura que discutem organização, produtividade, otimização, foco e tudo o que se relaciona ao tema. Procure por "Essencialismo", "Faça Tempo", "O Poder do Hábito", "Regras Simples" ou "Hiperfoco" e descubra dicas como alimentar bem seu corpo e mente, priorizar tarefas, estabelecer métodos, exercitar a concentração.
"Como você controla o seu tempo? Talvez alguém diga que está tudo em sua cabeça. Basta pensar no que fazer e está tudo certo. Mas será que a mente dessa pessoa é tranquila? Ela sabe o que vai fazer agora? Se vai comer, tomar banho, lavar a louça, escrever, ir ao trabalho?
Esses dias, vi o smartphone de uma colega avisar que está na hora de beber água… Beber água! É igual quando pergunto se alguém está bem e a resposta é: está corrido. Ora, se as pessoas pensam que estão organizadas, por que elas nunca tem tempo?
Estamos questionando a nossa relação com o tempo o tempo todo. Somos nós que corremos atrás dele ou é o contrário? Seja como for, nós nunca aprendemos a lidar com isso sozinhos. Em nossa história, sempre são os outros que definem nossa agenda. Primeiro, nossos pais. Depois, a escola e, finalmente, nosso ambiente de trabalho.
Agora responda: você é dono do seu próprio tempo? Sua agenda é realmente sua? É você quem define as prioridades? Lembro aqui de uma frase, bastante conhecida: se você não tiver o seu próprio plano de vida, provavelmente você está no plano de alguém".
"Todas as perguntas que fiz há pouco já estão no passado. Estão em outro tempo. Entendo que ainda há angústia sobre o que deixamos de fazer, o que está nos planos e, além de tudo, viver o presente. É claro que essas coisas estão ligadas a planos, ao tempo que se leva para cada coisa.
Eu trabalho muito com adolescentes. Jovens que, com seus 15 anos de idade, também reclamam que não fizeram nada, ainda não têm o que desejam.
Nesse momento, pergunto se eles já aprenderam matemática básica, aritmética. Muito bem. Quanto é 15 menos 5? Ótimo. Agora pense: aos dez anos de idade, o que você poderia fazer de diferente para ter uma jornada incrível agora? Quais escolhas foram feitas por você?
Essas coisas levam tempo. Projetos se constróem, assim como a nossa maturidade. Eles não conseguem acelerar ou frear o tempo. Ninguém consegue. Mas como dá para tornar mais confortável sua convivência com ele? Nossa luta não devia ser tentar fazer todas as coisas sem compreender o tempo que se leva. A verdadeira batalha tem a ver com fazer as coisas certas no tempo que nós temos".
O tempo é o nosso bem mais precioso
Posso ouvir suas respostas daqui. Descansar. Ficar com quem ama. Cuidar da casa. Fazer exercícios. Outras atividades de lazer ou autocuidado.
A minha resposta é: no meu tempo livre eu trabalho e estudo.
Essa virada de chave é fundamental. Ora, se nós nos acostumamos a dizer que existem momentos na vida que não tem preço, essas atividades deveriam ocupar um tempo que não se vende, não é mesmo?
Eu aprendi que, de todas as coisas que mais sinto falta na vida, dinheiro nenhum é capaz de comprar. Vou deixar uma questão que pode parecer desconfortável: quantos encontros restam com aquela pessoa que você ama, mas que mora longe e está envelhecendo?
Agora abra a sua agenda. Quais são os tempos que você vende ao outro? Essa é a minha definição de tempo livre. É o que eu disponibilizo para o trabalho ou estudos. Existem compromissos que, para que eu abra mão, o custo é muito mais caro. Esse não é meu tempo livre. Normalmente, não negocio essas horas com ninguém.
O tempo é o bem mais precioso que temos. Ele é debitado de nossa conta desde o dia que nascemos, sem reembolso. Pense em uma sala de aula. Alunos encontrando o tempo para estudar, praticar, ajustar seu desejo de aprender. Ali acontece uma troca: o professor entrega conhecimento em troca de tempo.
Mesmo o dinheiro de alguém que não gostou da aula é possível devolver. O tempo, não. Duas horas de aula precisam valer muito a pena. Pense nisso: como podemos fazer para que o nosso tempo faça sentido?".
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